quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Vivências na Tabanca Bijante



Ir até uma tabanca concentra nossos sentimentos mais intensos por aqui... é um lugar de muita energia, fonte onde se que concentra o que há de mais preservado na cultura bijagós. Ali, a sua maioria só fala a língua bijagós, a mais difícil de se compreender, na verdade, não dá para compreender sem muito esforço e aulas. Em toda a tabanca, as casas seguem o padrão tradicional, todas feitas de barro.

Na tabanca de Bijante entramos o Major, chefe tradicional que é escolhido pelas mulheres e que representa várias tabancas,  numa manhã, reunimos com o Major e parte da comunidade para tratar da inauguração do centro multimídia que ocorrerá na segunda semana de dezembro. Quando há uma inauguração, é um acontecimento muito importante para toda ilha, a rádio faz reuniões em diversas tabancas para explicar o evento e construir com eles colaboração e participação, solidariedade que pode ser feita através de apoio de trabalho, doações de combe (molusco que em sua "concha" resguarda a capacidade de ser cascalho para as construções), vinho de palma, apresentações culturais.

Reunião da Rádio Djan Djan na Tabanca para organizar a comunidade para a inauguração do centro multimídia
Aos poucos estamos nos aproximando dos mais velhos e conversando um pouco para perceber seus trabalhos, seus modos de vida. As celebrações religiosas são as mais importantes na manutenção do modo de vida tradicional, costuma ter celebração por exemplo por nascimento, fases da vida da pessoa, morte, colheita, para cada acontecimento importante tem uma celebração.

Homem Grande Joaquim me mostrando seu artesanato, será uma espécie de balcão para venda de bebibas em festas

Roda com o Major (chefe tradicional) e homens grandes (griôs)



Dani, Say e a querida Betí num tronco de cabaceira (baobá)

menina bijagós em sua dança tradicional



Jorge Rasta, Major e a comunidade de Bijante

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